As donas de casa podem não ter carteira assinada, mas trabalham muito a vida toda. Lavar, passar, cozinhar e cuidar dos filhos não é uma tarefa fácil.
Muitas não sabem, mas elas também podem se aposentar, isso mesmo, esse é um direito de todas, para isso, basta que contribuam com a previdência por, pelo menos 15 anos.
São 3 formas de contribuição, uma delas garante uma aposentadoria maior que o salário mínimo. Para conseguir, é preciso contribuir com 20% sobre um valor que fique entre o mínimo e o teto da previdência (R$ 7.087,22). Neste caso, as contribuições vão de R$ 242,40 e R$ 1.417,44 por mês em 2022.
Outra possibilidade é pagar 11% do salário mínimo a cada mês, R$ 133,32, em 2022. No caso das mulheres de baixa renda, 5%, o equivalente a R$ 60,60 em 2022. Nesses dois casos, a partir de 2023, a dona de casa precisa possuir 62 anos de idade para receber um salário mínimo de aposentadoria.
Para se inscrever como contribuinte, a dona de casa precisa ter em mãos seus documentos pessoais, mas é importante ficar atenta ao que vai declarar à Previdência. Para ser reconhecida como de baixa renda, por exemplo, ela não pode ter nenhum tipo de renda, mesmo que informal. Para ser configurado como segurado facultativo de baixa renda, tem que ter uma renda familiar de até dois salários mínimos e cadastro no CadÚnico.
A Previdência leva em conta o tempo de contribuição de mulheres que já trabalharam com carteira assinada. Então se você trabalhou algum tempo com carteira assinada, pode voltar a contribuir para ter a tão sonhada aposentadoria e direito aos outros benefícios.
Sua inscrição pode ser feita pelo telefone 135 (de segunda a sábado, das 7h às 22h) ou pelo site da Previdência (https://www.gov.br/pt-br/servicos/solicitar-inscricao-junto-ao-inss).
Um advogado previdenciário pode te dar todas as orientações sobre o correto preenchimento da GPS - Guia da Previdência Social ou Carnê. Você precisa informar corretamente os códigos e valores para que sua contribuição seja aceita.